Devemos reconhecer o Primeiro de Maio não apenas pela sua importância histórica, mas também como um dia para organizar-se sobre assuntos de vital importância para todos os trabalhadores de hoje. Pois, de fato não há o que comemorar.
O dia do trabalhador no Brasil e ridicularizado por festas organizadas por sindicatos que fazem parte dos interesses do Estado ou de empresas e que nada tem haver com as questões trabalhistas não há mais expressões cabíveis que articulem os interesses dos trabalhadores. As festas de comemorações do 1 de Maio são efetivadas para enganar ou disfarçar os ânimos do trabalhadores ou melhor, dos desempregados atuais. Parece mais um pão e circo da nova era. É, talvez estes eventos animadinhos sejam para nós aprendermos a dançar pelo resto do ano, para enfrentar as incertezas do desemprego ou para continuarmos escravizados e conformados.
Um pouco de História:
No final do século XVIII e ao longo do século XIX, os baixos salários e as jornadas de trabalho que se estendiam ao longo do dia eram rotineiros nas indústrias. Os trabalhadores começaram a se articular e criar vários tipos de organização, como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.
No final do século XIX, a Revolução Industrial sujeitava os trabalhadores a condições desumanas , obrigando-os a produzir o máximo ao mais baixo custo. O trabalho não respeitava nada em questões de pessoas como a idade, gravidez etc e as organizações sindicais eram perseguidas pelas autoridades policiais. Naquela época os sindicatos realmente faziam parte da esquematização dos trabalhadores organizados.
Dia do trabalhador,
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiram que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
saiba mais em :
http://dialogosocial.wordpress.com/2009/04/30/1%C2%BA-de-maio-dia-do-trabalhador/
http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3215/9/
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