MANTA, Equador (Reuters) - O Equador assumiu oficialmente nesta sexta-feira o controle das operações de uma base militar usada pelos Estados Unidos durante uma década, em meio a um forte debate na região motivado pelo plano da Colômbia de autorizar soldados norte-americanos a usar bases similares em seu território.
A base militar --localizada no porto de Manta, cerca de 250 quilômetros a oeste de Quito-- começou a operar em 1999 para a detecção de atividades ilícitas nas costas do Oceano Pacífico, uma das principais rotas do tráfico da cocaína que é levada da América Latina para os Estados Unidos e Europa.
Mas depois da negativa do presidente equatoriano, Rafael Correa, de renovar o acordo de uso, os EUA se viram obrigados a buscar na Colômbia uma área que substituísse a base localizada no Equador e assim continuar com a luta contra as drogas na região.
A Colômbia firmará em breve um acordo que permitirá aos EUA a utilização de sete bases em seu território, o que provocou críticas e temores na região de uma eventual expansão militar norte-americana.
A Venezuela, que tem a posição mais radical na região, chegou a rever suas relações diplomáticas com a Colômbia e levantou a hipótese de um enfrentamento bélico, por considerar o uso das bases uma ameaça. Equador e Bolívia se uniram às críticas.
"A recuperação da base de Manta é um triunfo da soberania e da paz", disse o chanceler equatoriano, Fander Falconí, durante uma cerimônia militar na qual a Força Aérea assumiu as operações da base, um espaço de 27 hectares dentro de instalações militares equatorianas.
Na Colômbia, soldados norte-americanos utilizarão áreas da Força Aérea, do Exército e da Marinha, segundo autoridades militares colombianas, para a luta antidrogas na região, as mesmas que se realizavam a partir de Manta.
Os Estados Unidos suspenderam em julho os vôos antinarcóticos que tinham o Equador como ponto de partida. Até esta data, o Posto Avançado de Operações (FOL, na sigla em inglês), realizou mais de 5.500 missões que permitiram a apreensão em uma década de mais de 1.700 toneladas de droga ilegal.
O valor comercial da droga interceptada é estimado em aproximadamente 35 bilhões de dólares.
As autoridades equatorianas usarão as instalações para um centro de treinamento de pilotos equatorianos e como centro de operações para aviões não tripulados comprados de Israel para o controle da fronteira com a Colômbia e a luta contra o narcotráfico.
Apesar da negativa de Correa de continuar cedendo o uso da base de Manta --ele afirmou que primeiro "cortaria a própria mão" antes de renovar o convênio--, os Estados Unidos disseram que continuarão a apoiar o Equador.
(Reportagem de Guillermo Muñoz e Cristina Muñoz em Manta)
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sábado, 19 de setembro de 2009
Equador retoma controle de base militar usada pelos EUA
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