O Governo de Cartum reconheceu nesta sexta-feira o novo Estado do Sudão do Sul, que proclamará sua independência neste sábado, anunciou o ministro de Assuntos da Presidência sudanês, Bakri Hassan Saleh em entrevista coletiva.
"O Executivo sudanês está disposto a cooperar com o novo Estado", afirmou Saleh perante os jornalistas na capital.
Saleh afirmou que Cartum reconhece o Sudão do Sul como "um Estado independente e soberano", de acordo com a linha que separava os dois territórios em janeiro de 1956 - quando o Sudão tornou-se independente do Reino Unido - e em concordância com as leis internacionais.
Além disso, o ministro expressou o desejo de Cartum "de manter excelentes laços com o Estado do sul" e de resolver assuntos pendentes no que se refere às fronteiras, águas, petróleo e dívida externa.
Ele também pediu ao Governo de Juba a reconhecer os acordos e tratados contraídos com o Executivo sudanês.
O norte e o sul do Sudão se enfrentaram durante 21 anos em uma guerra civil, iniciada em 1983, que deixou mais de 2 milhões de mortos e que culminou com os acordos de paz de 2005.
Os pactos estipulavam a realização de um referendo de autodeterminação no sul, que aconteceu em janeiro passado e terminou com arrasadora vitória "sim".
Nesta sexta-feira, o Sudão do Sul proclamará sua independência em cerimônia na cidade de Juba.
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Um comentário:
Bom, que a África parece uma colcha de retalhos cortada meticulosamente é um fato que nos foi colocado desde o ensino fundamental, guerras civis recorrentes devido a estes recortes ignorando tribos e etnias inimigas também. Contudo o que me pergunto como uma boa picareta em análise de r.i e adoradora da atividade de dar pitacos é o seguinte: será que a mera partilha de territórios será o suficiente para conter as animosidades? Lembremos que guardadas as devidas proporções, mesmo porque houve conveniência e patrocínio na morte de Franz Ferdinand para dar início à Primeira Grande Guerra, não seria passível de ocorrer infrações à convenção dos direitos humanos mesmo com a providência de divisão em dois Estados? Isto significa dizer que, dependendo do cenário, ao invés de uma guerra civil como previamente observamos, o conflito mudaria para a categoria internacional... Pois é, quem viver verá rsrsrs
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