Londres, 8 mar (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, condenou hoje o atentado cometido no sábado contra uma base militar na Irlanda do Norte, que matou dois soldados, e ressaltou que o ataque não arruinará o processo de paz na província.
"Nenhum assassino poderá fazer descarrilar um processo de paz que conta com o apoio do povo da Irlanda do Norte", afirmou Brown, em uma declaração feita em sua residência oficial de Downing Street.
"Posso garantir que levaremos estas pessoas (os responsáveis do atentado) à Justiça", disse o premiê, que considerou o ataque "covarde".
"Nossa primeira prioridade sempre foi a segurança do povo da Irlanda do Norte e faremos tudo o que estiver em nosso poder para garantir que a Irlanda do Norte seja segura".
"Aumentaremos nossos esforços para fazer com que perdure o processo de paz", acrescentou o chefe do Governo britânico.
Dois soldados morreram e outras quatro pessoas ficaram feridas em um ataque com armas de fogo cometido no sábado à noite contra a base do Exército britânico de Massereene, cerca de 25 quilômetros ao norte de Belfast.
Por enquanto, não se sabe a autoria do ataque e nenhum grupo dissidente do Exército Republicano Irlandês (IRA) oposto ao processo de paz norte-irlandês assumiu o atentado.
A Polícia autônoma norte-irlandesa (PSNI) iniciou uma ampla operação de segurança na área que cerca a sede do 38º Regimento de Engenheiros, a fim de capturar os responsáveis pelo ataque.
Do Ministério da Defesa do Reino Unido, um porta-voz disse que o tiroteio foi cometido por desconhecidos que se aproximaram da base em um automóvel e depois fugiram.
Segundo a imprensa britânica, testemunhas disseram que os terroristas fingiram ser entregadores de pizzas que foram até a porta principal da base militar e dispararam quando os soldados caíram na emboscada.
O atentado ocorreu um dia depois de o PSNI informar que solicitou a intervenção dos serviços secretos (o MI5) e das Forças Armadas britânicas para enfrentar a crescente ameaça de facções dissidentes do IRA.
O chefe do PSNI, Hugh Orde, advertiu na sexta-feira passada que o risco de ataques de paramilitares dissidentes está no nível mais alto desde que chegou ao cargo, há sete anos.
Em agosto de 2007, o Exército pôs fim a suas operações na província, aonde chegou em 1969 para apoiar a Polícia, devido ao aumento da violência com os confrontos entre católicos e protestantes, uma situação que durou mais de 30 anos.
fonte: http://www.efe.com/principal.asp?opcion=0&idioma=PORTUGUES
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