segunda-feira, 30 de março de 2009

Morales proporá, em Doha, nova ordem mundial multilateral

O presidente boliviano, Evo Morales, viaja hoje a Doha, Catar, onde proporá na II Cúpula árabe-sul-americana (ASPA) a construção de uma nova ordem mundial multilateral capaz de enfrentar as crises que vive o planeta.

''Bolívia não tem poderio econômico nem militar, mas sim possui iniciativas encaminhadas a lidar com a crise financeira, alimentar, energética e ambiental'', assegurou em uma coletiva de imprensa o chanceler David Choquehuanca.

De acordo com o servidor público, o chefe de Estado debaterá essas ideias durante o Foro da ASPA, previsto para a próxima terça-feira e, de maneira individual, com muitos dos presidentes árabes e da América do Sul presentes no emirado do Oriente Médio.

O líder do Movimento ao Socialismo exporá em Catar os mesmos critérios defendidos na Organização das Nações Unidas, explicou Choquehuanca em conversa com jornalistas, ontem na sede do Ministério de Relações Exteriores.

''Morales insistiu na necessidade de estabelecer uma nova ordem mundial, substituindo as fracassadas políticas econômicas e sociais impostas pelo sistema capitalista'', disse.

Também chama a adotar posturas responsáveis para enfrentar os efeitos da mudança climática, e a uma cruzada por desprivatizar serviços como a eletricidade, a água, a educação e a saúde.

No recente Foro Social Mundial, desenvolvido em janeiro último em Belém, Brasil, o governante boliviano lançou quatro campanhas para salvar o planeta.

Chamou então a pôr fim ao capitalismo, ao qual qualificou de ''modelo egoísta e esbanjador'', responsável por colocar bilhões de pessoas na extrema pobreza e de uma mudança climática capaz de extinguir a espécie humana.

''Se não matamos o capitalismo, o capitalismo matará a Terra'', advertiu em um repleto ginásio da Universidade Federal do Pará.

As cruzadas propostas por Morales foram a luta pela paz, a solidariedade internacional, o acionar para reverter danos ocasionados ao planeta e a batalha pela soberania e a identidade dos povos.


Fonte: Prensa Latina

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