A seca na África provocou uma "situação catastrófica que exige ajuda internacional sólida e urgente", declarou nesta segunda-feira (25) o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Jacques Diouf, logo no início da reunião de emergência que se realiza em Roma.
"Temos que salvar vidas e reagir", afirmou Diouf, dizendo precisar de 1,6 bilhão de dólares nos próximos 12 meses e 300 milhões de dólares nos dois meses seguintes para atender às emergências da região.
A seca que afeta os países do chifre da África, a pior dos últimos 60 anos, ameaça 12 milhões de pessoas na Somália, assim como a população do Quênia, Djibuti, Sudão e Uganda.
A reunião foi convocada pela FAO a pedido da França, que atualmente preside o G20.
Banco Mundial O Banco Mundial decidiu repassar US$ 500 milhões para ajuda de emergência aos mais afetados no Chifre da África, anunciou a instituição nesta segunda-feira, pouco antes da abertura, em Roma, da reunião para lutar contra a fome nesta região.
Esta quantia se soma aos US$ 12 milhões já desbloqueados para conceder uma ajuda imediata. "É importante agir rapidamente para diminuir o sofrimento humano, mas também estamos atentos às soluções em longo prazo", declarou o presidente do Bird, Robert Zoellick, em um comunicado.
A seca não é o único problema.
Além da seca, acontecem conflitos internos e por consequência, inviabiliza a chegada e entrega dos alimentos. Porém, tudo isso foi construído de certa forma pelos mesmos Estados que hoje querem fazer a caridade.
A África foi distribuída territorialmente para países europeus no passado. Foi um projeto de partilha feito com um mapa em cima da mesa. Não avaliaram os costumes, as diferenças, e as atitudes de cada região dividida. Hoje, os conflitos que acontecem na região dificulta qualquer ação humanitária.
Na região do Quênia, há compra de terrenos feita por empresas, pessoas da elite e alguns Estados que poderiam ser trabalhada para cultivo de alimentos.
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