terça-feira, 26 de julho de 2011

A fome na África


A seca na África provocou uma "situação catastrófica que exige ajuda internacional sólida e urgente", declarou nesta segunda-feira (25) o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Jacques Diouf, logo no início da reunião de emergência que se realiza em Roma.

"Temos que salvar vidas e reagir", afirmou Diouf, dizendo precisar de 1,6 bilhão de dólares nos próximos 12 meses e 300 milhões de dólares nos dois meses seguintes para atender às emergências da região.

A seca que afeta os países do chifre da África, a pior dos últimos 60 anos, ameaça 12 milhões de pessoas na Somália, assim como a população do Quênia, Djibuti, Sudão e Uganda.

A reunião foi convocada pela FAO a pedido da França, que atualmente preside o G20.

Banco Mundial O Banco Mundial decidiu repassar US$ 500 milhões para ajuda de emergência aos mais afetados no Chifre da África, anunciou a instituição nesta segunda-feira, pouco antes da abertura, em Roma, da reunião para lutar contra a fome nesta região.

Esta quantia se soma aos US$ 12 milhões já desbloqueados para conceder uma ajuda imediata. "É importante agir rapidamente para diminuir o sofrimento humano, mas também estamos atentos às soluções em longo prazo", declarou o presidente do Bird, Robert Zoellick, em um comunicado.


A seca não é o único problema.

Além da seca, acontecem conflitos internos e por consequência, inviabiliza a chegada e entrega dos alimentos. Porém, tudo isso foi construído de certa forma pelos mesmos Estados que hoje querem fazer a caridade.

A África foi distribuída territorialmente para países europeus no passado. Foi um projeto de partilha feito com um mapa em cima da mesa. Não avaliaram os costumes, as diferenças, e as atitudes de cada região dividida. Hoje, os conflitos que acontecem na região dificulta qualquer ação humanitária.

Na região do Quênia, há compra de terrenos feita por empresas, pessoas da elite e alguns Estados que poderiam ser trabalhada para cultivo de alimentos.


"A organização não-governamental (ONG) britânica Oxfam advertiu que décadas de progresso contra a fome na África estão sendo revertidas pelo aumento no preço dos alimentos, secas e políticas agrárias "desleais"." http://www.diarioonline.com.br/noticia-150654-.html

A tecnologia no mundo está avançada quando se trata de alimentos. Se houvesse realmente uma ação que mobilizassem a todos, ninguém morreria de fome. Visto que, tanto desperdício de comida diariamente em nações desenvolvidas e em desenvolvimento.

Para quem está sentindo a fome matar devagarinho, as ações emergenciais são mais que precisas. Fome dói, está dizimando centenas ou milhares de pessoas na África. Porém, o pior é que se trata de um problema estrutural que não será solucionado com estas pequenas ações emergenciais.

A fome é tão grave que povos de lugares mais devastado pela seca como a Somália, estão migrando. Gerando assim, um problema de fronteira e saúde. As pessoas chegam muito debilitadas, sem ingestão de água e comida por vários dias. Muitas delas não resistem e morrem logo que chegam em outro país como a Etiópia, que também registram índices altíssimos de seca e fome.

A situação é caótica e deve haver boa vontade política nacional e internacional em todos os âmbitos.

Em pleno século XXI, é um abuso, desprezo e desrespeito pelo ser humano, ainda obter altos números de mortes registradas por motivo de fome.

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